Perdemos o nosso urso de peluche preferido, a chaves de casa, o autocarro.
Perdemos também o emprego, a relação com o amigo que não nos tratou bem.
Perdemos o amor da nossa vida.
Perdemos o tio e a avó velhinha também.
A crueza para que este tema inicialmente nos remete faz-nos accionar automaticamente mecanismos de defesa. É nesta defesa enquanto fuga que nos permitimos continuar a viver sem termos a necessidade de nos ligarmos ao objecto de perda, nem lidarmos com a dor sentida dessa mesma perda. Este processo de lidar torna-se aparentemente mais fácil de se experienciar por quem viveu forçosamente um desapego.
Depois da raiva sentida, cremos num quase "fingir que não existe", pelo que muitos de nós escolhemos essa forma de viver e, sem nos apercebermos, vamos carregando essa mágoa connosco.
A liberdade começa quando aceitamos, quando vemos o outro lado da perda.
Sabemos o quanto difícil pode ser o nosso embate com a perda e como a impotência e fragilidade em nós nos pode consumir a energia para viver. Mas quando nos permitimos chorar, aí sim, há algo que muda subtilmente.
Precisamos de nos educar a perder, mudar o nosso olhar diante as vicissitudes cíclicas da nossa vida. Saber perder pode ser um ganho imenso, uma alavanca no nosso crescimento, quando assim o conseguimos permitir.
E, se necessário, pedir ajuda sempre que o cansaço já nos moa para que, neste processo de evolução pessoal, o caminho se faça um pouco mais leve.
Temos o gosto em partilhar este pequeno vídeo enquanto testemunho com a mensagem-resumo deste ciclo de palestras que agora termina.
Brevemente haverão novidades sobre o "upgrade" destas palestras, fique atento! :)
Para mais informações contacte-nos.
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