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Luto

Atualizado: 3 de fev. de 2020


Afinal o que é o luto? E para que serve?


Todos nós falamos dele, embora a grande custo. Todos nós em determinado momento da nossa vida já perdemos ou  vamos perder algo ou alguém, por isso,  todos nós precisamos fazê-lo.

O luto é um processo natural de adaptação a uma perda, intrínseco à condição humana. O objetivo deste processo é transformar a dor da perda numa dor compreendida já sem sofrimento associado à mesma, permitindo à pessoa reequilibrar a sua homeostasia emocional, comportamental e fisiológica.

Embora o luto seja um processo natural nem sempre é feito, pois a mente humana devido à sua complexidade e dificuldade em lidar com a dor, ativa mecanismos de defesa disfuncionais. Mecanismos como fuga ou negação da dor vão gerar bloqueios emocionais que não permitem que o processo de luto seja feito.

A não aceitação da perda ou negação da mesma nem sempre é elaborada de forma consciente. Muitas vezes a pessoa não tem consciência que está em fuga ou negação e continua a sua vida a pensar que está a fazer o luto, mas efetivamente não está.

Quando é que percebemos que não estamos a fazer o luto?

Na maioria das vezes só quando começamos a sentir sensações, emoções, reacções desproporcionadas relativamente às situações ou completamente descontextualizadas. Quando “do nada” surge uma grande angústia ou ansiedade ou até mesmo a sensação de bloqueio em relação a situações banais do dia-a-dia, com as quais de repente passamos a sentir angústia, medo ou tristeza sem justificação aparente. Muitos destes sinais podem dever-se a um luto que não foi feito, que não foi processado nem resolvido, ficou encapsulado.

Tal como o alpinista não atinge o topo das montanhas mais inóspitas sozinho, no processo de luto é igual: é preciso alguém ao nosso lado para conseguirmos fazer efetivamente o luto – transformar a dor numa dor compreendida.


Fazer um processo de luto acompanhado, significa ajudar a pessoa em sofrimento a dar a atenção devida ao que é importante e desagregar de si, de forma consciente, o que precisa partir.

Susana Banha




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