Comummente quando falamos em fragilidades pensamos logo em algo menos bom em nós, algo que nos enfraquece, que nos inferioriza, que nos humilha e até algo que nos pode adoecer.
Então na maioria das vezes escolhemos esconder as nossas fragilidades, não as aceitar e não as assumir, nem para nós que as temos. Contudo, a nossa condição humana, é humana precisamente porque somos seres frágeis e vulneráveis. Ora ao negarmos as nossas fragilidades estamos a negar-nos enquanto humanos, estamos a anular-nos. Ao fazê-lo tanto o nosso corpo físico como a nossa mente e emoções entram num estado de bloqueio, de rigidez que não nos permite viver plenamente, e pode originar estados de doença física, mental e emocional.
Conseguir identificar as nossas fragilidades, acolhê-las, assumi-las é o primeiro passo para conseguirmos transformar-las em forças.
Mas não chega só identificá-las, é preciso querer, é preciso sentir essa vontade intrínseca de superação, é preciso foco e compromisso connosco mesmos para conseguirmos fazer das fragilidades alavancas para a nossa vida. E por se tratar de algo profundo e tão necessário para que cada pessoa possa encontrar de novo o sentido da vida, através das fragilidades, a presença de um técnico competente tem sempre que ser equacionada, para que os resultados a alcançar sejam efectivamente de superação.
Susana Banha
